quarta-feira, 27 de março de 2019

Versos do passado


Recorda o apresentador e forrozeiro "Bardigão" que numa cantoria, há muito tempo, o poeta Amaro Dias improvisou o seguinte verso:
Do passado eu "tem" saudade
Da minha jarra e da rede
Quando eu chegava em casa
Morrendo de fome e sede
Na rede eu matava o sono
E na jarra eu matava a sede.
(Amaro Dias)
Obs. Na foto, tirada há algumas décadas, estão os poetas Amaro Dias e Roberto de Queiroz.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Verso de improviso...

Cantava o poeta Amaro Dias, há mais de 40 anos, referindo-se a uma professora que havia falecido, fez este verso dentro do belo mote dado na cantoria.

Dona Amara Ferreira
Professora enquanto nova
Hoje só resta na cova
Somente sua caveira
Uma cambada de poeira
Tá a ossada envolvida
Choram Nalvinha e Guida
Pela mamãe que morreu
Quem perde mãe já perdeu
O doce melhor da vida.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Verso de improviso

Cantava o poeta, num sítio da cidade de Brejo da Madre de Deus, tendo como parceiro o poeta Zé Luiz. Na ocasião, um cidadão chamado Aristides pediu que os poetas falassem do cavalo de um cidadão chamado Tanta que tinha um cavalo e se gabava por isso.

O poeta Amaro Dias fez a seguinte sextilha:

E o cavalo de Tanta
Aristides disse a mim
Não paga a água que bebe
Não vale um "mói' de capim
Ô terra de gente besta
E lugar de cavalo ruim.
(Amaro Dias)

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Verso de improviso

Cantava com o poeta Louro Branco e na plateia estava o também poeta "Zé Teófilo" (violeiro e aboiador - chamador de gado, com alguns denominam). Louro terminou uma estrofe dizendo:

"É um tormento escutar
A cantoria de Zé"

Amaro Dias, prontamente, respondeu:

O pobrezinho de Zé
É todo desmantelado
Se chama gado não presta
Se faz um verso é errado
No fim, nem lá e nem cá
Nem canta e nem chama gado!
(Amaro Dias)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Verso de improviso sobre o poeta Louro Branco

Dias após a morte do poeta Louro Branco, com quem o poeta Amaro Dias por muito tempo fez dupla, em cantorias, mas, sobretudo, no programa Violeiro do Vale, Amaro Dias, cantando com o poeta Carlos Silva (da dupla dos Irmãos Silva), este terminou uma estrofe dizendo:

Louro era muito honesto
Orgulho dos cariris

O poeta Amaro Dias complementou:

A sua esposa feliz
Porque Louro onde comprou
Pagava antes do dia
Que ninguém nunca cobrou
Só devia a alma a Cristo
Na quinta-feira pagou.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Verso de improviso

Em outra oportunidade, desta feita com o poeta Zé Bonifácio (in memoriam), este terminou uma estrofe dizendo:

"Mulher que trai o marido
Tem uma fama danada"

O poeta Amaro Dias emendou:

Toda mulher casada
Que tem amor escondido
Se queixa que está com febre
Dor de cabeça e ouvido
Mas são ilusões criadas
Para enganar o marido!"

terça-feira, 4 de julho de 2017

Verso de improviso

Cantava o poeta, há muitos anos, com o poeta Zé Luiz, o assunto era a "Fiscalização das fronteiras"

O poeta Amaro Dias improvisou o seguinte:

Pra vigiar as fronteiras
Os que são os escolhidos
Chegam lá viram laranjas
Se misturam com os bandidos
Quando "vê" dinheiro endoidam
Não vai um mês são vendidos