quinta-feira, 17 de maio de 2018

Verso de improviso

Cantava o poeta, num sítio da cidade de Brejo da Madre de Deus, tendo como parceiro o poeta Zé Luiz. Na ocasião, um cidadão chamado Aristides pediu que os poetas falassem do cavalo de um cidadão chamado Tanta que tinha um cavalo e se gabava por isso.

O poeta Amaro Dias fez a seguinte sextilha:

E o cavalo de Tanta
Aristides disse a mim
Não paga a água que bebe
Não vale um "mói' de capim
Ô terra de gente besta
E lugar de cavalo ruim.
(Amaro Dias)

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Verso de improviso

Cantava com o poeta Louro Branco e na plateia estava o também poeta "Zé Teófilo" (violeiro e aboiador - chamador de gado, com alguns denominam). Louro terminou uma estrofe dizendo:

"É um tormento escutar
A cantoria de Zé"

Amaro Dias, prontamente, respondeu:

O pobrezinho de Zé
É todo desmantelado
Se chama gado não presta
Se faz um verso é errado
No fim, nem lá e nem cá
Nem canta e nem chama gado!
(Amaro Dias)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Verso de improviso sobre o poeta Louro Branco

Dias após a morte do poeta Louro Branco, com quem o poeta Amaro Dias por muito tempo fez dupla, em cantorias, mas, sobretudo, no programa Violeiro do Vale, Amaro Dias, cantando com o poeta Carlos Silva (da dupla dos Irmãos Silva), este terminou uma estrofe dizendo:

Louro era muito honesto
Orgulho dos cariris

O poeta Amaro Dias complementou:

A sua esposa feliz
Porque Louro onde comprou
Pagava antes do dia
Que ninguém nunca cobrou
Só devia a alma a Cristo
Na quinta-feira pagou.